Vendemos mal?
VENDEMOS
MAL?
Nos últimos dias, o
principal assunto relacionado ao Botafogo foram as vendas de 2 jogadores:
Matheus Fernandes e Igor Rabello. O primeiro já teve a negociação concretizada,
enquanto falta muito pouco para o zagueiro fechar com o Atlético Mineiro.
A maioria dos
torcedores que converso, julga que o Botafogo fez maus negócios. Inclusive,
chovem críticas à diretoria nas mídias sociais, sobretudo em relação aos
valores recebidos pelo Glorioso.
Mas realmente vendemos
mal esses jogadores?
A análise se baseia
apenas no critério financeiro, deixando de lado outros aspectos que entendo
serem subjetivos. Como por exemplo, o potencial de crescimento técnico dos
jogadores ou a capacidade para se tornarem ídolos no Clube ou mesmo a questão
de estarmos reforçando concorrentes nacionais.
Matheus
Fernandes
O meio campista iniciou
sua trajetória no time profissional durante a copa libertadores de 2017. Parecia
que se tornaria craque rapidamente, porém oscilou bastante nos 2 anos
subsequentes e amargou o banco de reservas algumas vezes.
A venda para o
Palmeiras rendeu cerca de 16 milhões de reais ao Botafogo por 75% dos direitos
do jogador. Os outros 25% continuam com o Glorioso.
O
que isso significa?
Que se o garoto for
negociado pelo Palmeiras futuramente, o Botafogo ganhará 25% do montante da
transação. Na prática significa que para o Palmeiras ganhar mais do que o Botafogo
em uma transação futura, precisará vender o jogador por mais de 60 milhões.
Explicando:
Se ele for vendido, por
exemplo, por 60 milhões de reais, o Botafogo ganhará mais 15 milhões. Esse valor
somado aos 16 milhões que já ganhamos dará 31 milhões. Já o Palmeiras lucrará
apenas 29 milhões ( 45 milhões restantes da venda menos os 16 milhões que já
pagou ao Botafogo ).
Resumindo:
Se o jogador confirmar
ser tudo o que os torcedores estão julgando que ele seja, ainda receberemos uma
boa quantia. Se ele não se firmar na carreira, já teremos recebido 16 milhões
garantidos.
Igor
Rabello
Entendo que o General
possui condições para se tornar ídolo, então sua venda foi mais traumática para
muitos torcedores.
Por esse motivo
compactuo com a sensação de repulsa em relação à venda do zagueiro. Porém,
financeiramente o negócio não parece ter sido tão ruim. Mesmo achando que as informações
sobre as condições da venda ainda estão desencontradas.
Pelo divulgado pela
mídia, tínhamos apenas 60% dos direitos do jogador e após a venda ficamos com
30%. Caso as informações apresentadas não estejam erradas, também receberemos
uma boa quantia por uma nova venda do jogador.
Se o jogador se
destacar no Galo e for vendido, por exemplo, por 33 milhões, receberemos mais
10 milhões, o que totalizará 23 milhões para os cofres do Botafogo (13 que já
ganhamos mais esses 10). Nada mal para quem só possuía 60% dos direitos do
jogador.
Enfim, o assunto é polêmico,
pois mexe com a paixão do torcedor em um momento de muitas incertezas em
relação à formação do elenco pra 2019.
Meu objetivo não foi
justificar a venda, muito pelo contrário, busquei apenas jogar um pouco mais de
luz sobre o assunto e abrir um diálogo com os irmãos de camisa.
E ai? O que vocês acharam?
Vendemos mal?
Reviewed by Anônimo
on
janeiro 04, 2019
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