Confira os principais pontos da entrevista coletiva de Joel Santana

MÁGOA COM A TORCIDA:

“Em algumas entrevistas, disse que não considero botafoguenses, uns três que me agrediam muito. Nesse último jogo, tinha um muito forte, fora de sintonia, que me agrediu antes do jogo. No outro, um me chamou de "filho disso". Às vezes, as pessoas só dão valor quando sentem falta. Não estou incomodado, mas nós também temos sentimentos. Hoje, tenho minha vida definida, mas tem certas coisas que chateiam, aborrecem. Quando saí domingo, a primeira pessoa que me abraçou foi o presidente, o que é bacana. Tomamos água de coco juntos e eu disse que estava chateado. Pô, estávamos em primeiro! Acho melhor sair agora do que esperar um ou dois meses e não poder vir me despedir de vocês. Venho agradecer a vocês, torcida, clube, diretoria e todos que envolvem. Não preciso falar muito, vou continuar a amizade com todos, a vida continua”

HISTÓRIA NO CLUBE

“Ninguém faz um projeto de trabalhar 30 anos e estar em uma casa como essa. O sentimento é de alma lavada. O Botafogo foi muito honesto comigo. Tínhamos um compromisso até maio, mas preferimos tirar o pé do acelerador. Não tenho dúvida que em um momento muito em breve a gente volta a trabalhar. Meu nome está mais uma vez gravado na história do clube”

CARINHO DOS ATLETAS

“Eles até pediram para não ir embora. Foram na sala Maicosuel, Jefferson, Antônio Carlos e me agradeceram. Você não sabe como é duro conviver e ter que dar um até logo. Amanhã de manhã não sei como vou acordar. Aqui, conhecia todos. Você aprende a conviver. Os mais antigos mais emocionados, os mais novos mais desconfiados. Brinquei com o Guilherme, uma jóia que o Botafogo tem. Só não o coloquei no jogo porque senão iria queimá-lo. Coisas do futebol.”

POSSIBILIDADE DE VOLTA PARA O BOTAFOGO

“É difícil... Depois de 14 meses numa casa como essa... Aprendi que às vezes, no futebol, é melhor dizer até breve do que nunca mais. Deixo amigos fiéis, leais. Os números estão aí. Fomos campeões... Deixo o clube em primeiro lugar, e não em último. A vida continua. O Botafogo é maior do que nós todos. Jamais fecho a porta, a deixo encostada. Vou cuidar da minha vida e cuidar do meu futuro.”

Por: Igor Melo