Mal atrás, Botafogo só arranca empate com o Sport no Rio
Se não deu por meio do esquema montado por Ney Franco, teve de ser na raça mesmo. Aproveitando-se do recuo excessivo do Sport, o Botafogo se recuperou no jogo e conseguiu um empate importante neste domingo, no Engenhão, após sair perdendo para o rival por 2 a 0. Tony entrou muito bem e marcou um gol. Fahel, vaiado, fez o outro. Mas vitória que é bom...
Com o resultado, o Botafogo é o 15º na tabela, com três pontos. Já o Sport, que também não obteve triunfo nenhuma vez, é o 18º, na zona de rebaixamento, com apenas dois. Os nordestinos, aliás, estão sem treinador, depois da crise instalada com a saída repentina de Nelsinho.
Ney Franco pretendia acuar o Sport, com a agressiva formação em que os dois alas seriam quase pontas com o time no ataque, e Laio e Victor Simões serviriam como referências na área, para enfim acabar com a má fase do setor. No início, a tentativa parecia válida pelo que se viu, até que no primeiro contra-ataque do Leão, gol de Wilson, em jogada de Weldon.
Primeiras vaias da arquibancada, técnico esbravejando, mas o time seguiu com a vontade e, por mais que tivesse posse de bola, não criava chances importantes. Tanto é que o Alvinegro era refém das cobranças de falta de Juninho. Em uma delas, inclusive, acertou a trave. Até Lucio Flavio, que estreava, era um mero coadjuvante.
Antes disso, porém, com Teco sem ritmo e já amarelado, lá foram os pernambucanos em mais um contragolpe. E, em falha de Eduardo, Moacir deixou Weldon livre para ampliar. Vale registro que o atacante do Sport chegou a ser dado como reforço certo pelo clube em janeiro.
Já mais apático, o Botafogo insistiu, arriscou, mas nada de o ataque desencantar de vez no Brasileiro - até então fora somente um gol. Na saída para o intervalo, Ney, muito contrariado, resumiu a etapa: - Demos três contra-ataques com espaço para os caras e não conseguimos marcar nas nossas chances. Só isso.
Tamanho aborrecimento resultou em bronca no vestiário e duas alterações. Tony, que seria titular, mas passou a semana machucado, entrou e deu nova vida à equipe. Léo Silva também voltou, na vaga de Teco, desmontando o esquema com três defensores.
A atitude de Ney, a rigor, não complicou atrás, até porque o Sport abdicou de atacar, sentado na vantagem. Mais encorpado, o time alvinegro teve opções para jogar, enquanto o Leão duelava com vantagem, já que contava com sete, oito na retaguarda.
Bloqueio esse que foi furado por Tony, que não foi visto no segundo pau, depois de cruzamento de Eduardo, aos 15. Para clarear ainda mais a situação, Hamilton foi expulso. Fechadinhos, os comandados de Levi Gomes faziam cera e torciam para o relógio para correr.
Desorganizado, mais ainda impetuoso, o Botafogo buscava o empate e partida se tornava dramática. O capitão alvinegro ainda arrsicava de falta, mas Magrão garantia o Sport. E, de tanta covardia dos pernambucanos, somada ao merecimento dos cariocas, Fahel, de cabeça, marcou.
No fim, o Leão acordou e ameaçou Castillo, que salvou o time da derrota.
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