Jurídico do Botafogo explica liberação de Michael
O torcedor do Botafogo que vê em Michael a solução imediata para a lateral terá de esperar. É que por estar sendo contratado fora do período de transferências estabelecido pela CBF para atletas que vêm de fora do país, ele só poderia atuar em agosto. O clube, porém, nutre esperanças de vê-lo em campo antes.
- O que precisaria ser feito é um acordo com a CBF e com os outros clubes. Em seguida, a entidade entraria em contato com a Fifa para ter a liberação. Não é uma manobra fácil, por isso já demos início aos contatos -revelou Gustavo Noronha, vice-presidente jurídico.
Já Ney Franco não desanima, embora mostre-se realista. E já até faz contas.
- Ele entraria justamente no período em que começaremos a ter partidas às quartas e aos domingos. Ou seja, Michael perderia uns oito jogos. Mas torço para que firme contrato logo. Acho inclusive que poderá fazer a diferença em campo pelo seu poderio ofensivo - explicou o técnico, que o conhece da época em que trabalhou na base do Cruzeiro.
Um meio geralmente usado nestes casos para liberação imediata é o jogador acionar a Justiça do Trabalho, sob a alegação de que não pode ficar sem jogar. Porém, como está emprestado pelo Dínamo de Kiev (UCR), dificilmente tal justificativa seria aceita pelo tribunal, crê o jurista Marcílio Krieger, consultado pelo LANCE!.
O volante Fahel passou por situação parecida em 2008, mas lembrou que rescindira o contrato com o Nacional da Ilha da Madeira (POR), o que facilitou. Mesmo assim, precisou de três semanas para ser inscrito na CBF, que relutou para liberá-lo.
Outro exemplo é o atacante Aloísio, do Vasco, que vive hoje o drama de Michael, com a diferença que não recebia salários há alguns meses do clube do Qatar, um agravante para a mudança.
Por outro lado, Giuseppe Dioguardi, agente de Michael, confia que o jogador não terá problemas para estrear logo pelo Botafogo por não estar inscrito pelo Dinamo de Kiev no Campeonato Ucraniano.
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